quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Conceito de Pathos

Pathos é uma palavra grega que significa paixão, excesso, catástrofe, passagem, passividade e sofrimento.
O conceito Pathos está também relacionado com a tragédia grega. O conceito designa assim
a influência de forças externas sobre o pensamento e comportamento do homem. As forças externas é tudo aquilo que acontece fora do corpo dos indivíduos, os estímulos. Assim a ideia de pathos na tragédia está relacionada com o poeta trágico. O poeta trágico torna coisas, familiares ao povo grego, acontecimentos comuns, em coisas estranhas.
O caminho traçado pelo poeta dá uma sensação de espanto e medo. Provoca uma mudança abrupta de emoções no coração do espectador. Este conceito é tido em conta neste jogo dialógico entre aquilo que se oculta e o que se estranha .
O conceito de pathos está também relacionado com a Filosofia em dois sentidos.
No primeiro sentido, Pathos é designado por Rene Descartes, por tudo o que se faz ou acontece de novo.
No segundo sentido, Pathos é considerado como um elemento persuasivo do discurso argumentativo-retórico. Podemos designar pathos como os sentimentos despertados no auditório pelo logos ( discurso). Esta é uma das melhores técnicas persuasivas a ter em conta na criação de um discurso. Um bom discurso será criado de acordo com o auditório , de modo a ter o pathos pretendido. O conceito de pathos é muito utilizado na retórica Aristotélica criada por Aristóteles.
Ao relacionar o conceito Pathos com a leitura de ‘Frei Luís de Sousa’ de Almeida Garrett é fácil encontrar vestígios do dito termo. Apesar da obra ser um romance tem também elementos da tragédia clássica como o pathos, que podemos reconhecer na passagem da
aflição de D. Madalena quando interrogada por Maria. ‘Frei luís de Sousa’ é um drama romântico relacionado com a tragédia grega
definido pela valorização dos sentimentos humanos das personagens; pela tentativa de racionalmente negar a crença no destino, mas psicologicamente deixar-se afectar por pressentimentos e acreditar no sebastianismo.

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