segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Será que a democracia, em si mesma, e por si só está garantida pelo ato de votar?



Ao longo dos anos a democracia portuguesa tem vindo a ganhar adjetivos fenomenais como: desacreditada, disfuncional, débil e até desajustada ao tipo de povo que serve. Infelizmente por mim não ficaria só com estas palavras. E palavras, leva-as o vento, acho que está na altura de tomar ação e é aqui que os deveres democráticos portugueses falham. 
Este problema apenas existe, pela perca dos valores democráticos. Todas as formas de política que se conhece parecem estar corrompidas ou simplesmente se verificam incompetentes.
Um dos problemas na democracia portuguesa é, por exemplo, existirem mais de 50 partidos políticos, apenas 5 detêm assento no parlamento. Falamos de um autêntico “totalitarismo multipartidário”, (rotatividade de poder).

Portanto nesta democracia, será que todas as opiniões são igualmente equacionadas? E as ideias que são equacionadas, não tendo novos motivos de renovação ideológica, são diferentes de anos passados? E onde está a manutenção democrática? Novos partidos, novos ideais, participação ativa na vida politica?
O cidadão tem o direito de votar, mas deve primeiro exercitar a sua disciplina democrática. Porque a democracia não está segura por si só, pelo contrário ela depende unicamente dos cidadãos para pleno funcionamento, necessita do individuo para manter a sua qualidade.
O simples ato de votar é apenas o início do processo democrático, é a base da forma democrática mundial, mas o resto do processo é essencial, e é isso que falta.
A democracia necessita de credibilidade, funcionalidade, vigor e sobretudo precisa de estar ajustada ao povo que serve. Mas para que isso aconteça, o povo deve servir ajustadamente a democracia que pretende.

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