É no canto IX, que os
portugueses chegam a ilha dos Amores, aqui Camões dá liberdade as paixões e aos
desejos, descreve a ilha como um local paradisíaco que fora preparado pela
deusa Vénus. É espantoso o cenário com que se deparam os marinheiros, onde havia
todo o tipo de árvores e frutos onde a água era abundante e principalmente onde
se encontravam as ninfas apaixonadas e instruídas por Vénus.
Os marinheiros entram pelo
mato, pensando que terão possibilidade de caçar, as ninfas fogem ensinadas por Vénus,
sabem bem que, fazendo-se esquivas, atrairão ainda mais os marinheiros, mas
pouco a pouco, vão se deixando agarrar, sorrindo e soltando gritinhos de susto.
Leonardo, o símbolo do português infeliz nos amores, homem com experiência no amor e que já tantas vezes sofrera males de amor. Leonardo suplica á sua ninfa que
não lhe fuja, pois esta cansado de sofrer esta movida pela compaixão e palas palavras "bonitas" de Leonardo, realiza o desejo do seu "caçador", deixando-se agarrar.
“ O ‘formosura indigna de aspereza
Pois desta vida te concebo a palma
Espero um corpo de quem levas a alma! “ (est.79)
As Nereidas deixam-se apanhar e
toda a floresta murmura, mergulhando em amor e prazer. O poeta não descreve
mais nada, este diz que é melhor experimentar o amor e quem não o puder fazer,
então que o imagine.
“Melhor é experimenta-lo que julga-lo:
Mas julgue-o, quem não pode experimenta-lo” (est.83)
Sem comentários:
Enviar um comentário