“Palácio da Lua”, aqui esta um livro que não me constou a ler, apesar de não conhecer o autor, Paul Auster passou a ter uma grande admiração da minha parte. A história centra-se no processo de crescimento do jovem Marco Fogg, a um passo do estado adulto. Um processo com que me identificai bastante. O Paul Auster retrata um jovem que nunca conheceu o pai, e mãe morre muito cedo, ainda ele é uma criança, e que acaba também por perder o único parente que ainda lhe resta, o tio. Tudo isto torna Marco num rapaz muito monótono. Contudo Fogg torna-se um jovem muito inteligente, e usa essa inteligência não para ter um futuro garantido, um bom emprego, mas para o seu próprio prazer, sendo esta uma das características que o torna num adolescente “anormal” ou seja, diferente. Fogg faz uma viagem ao longo do livro (reflexão) sobre si mesmo, onde transforma a própria vida na busca de respostas, na procura da sua identidade. As suas viagens, contudo, não são pelo mundo fora, mas através de si próprio, da sua natureza, às suas forças e fraquezas e aos mais básicos conteúdos da sua natureza humana. Mas não é só da sua vida que se trata. São vários os momentos em que o narrador se esquece de si próprio para nos contar a história dos personagens que cruzam o seu caminho: o tio Victor, com as suas excentricidades, Thomas Effing, o velho louco que se esconde de um passado intenso, Solomon Barber com os seus segredos e a história do seu fracasso.
O livro não só fala da procura da identidade, mas também da solidão humana, e dos seus efeitos nas pessoas. Sobre este assunto o autor da duas na vida, uma em que dá exemplos de personagens que vivem ao redor da solidão, e outro em que ultrapassam a solidão.
O livro traz uma importante mensagem, o autor dá a entender que a sociedade vive segundo regras, e quando alguém como Marco, tenta viver a sua vida segundo as suas expectativas e vontades, este é criticado e chega mesmo a ser rejeitado.
Por fim, a minha opinião, a maior mudança que se dá em Marco Fogg é o facto de este aprender a saber viver, no inicio este era apenas alguém a quem lhe tinha acontecido demasiadas coisas más, e não conseguia continuar a sua vida, no fim do livro isto muda, este aproveita-as coisas más tornando-se mais forte, e encontrando um significado a sua vida. O facto de ele no fim do livro se encontrar na mesma situação de o inicio do livro em que acaba sem dinheiro, sem casa, sem ninguém, mas tento pensando de maneira diferente, dando importância as coisas mais insignificantes. Este livro cativou me de um modo que não esperei, pelo modo como autor descreve as personagens, como fala de vida, da desgraça, da morte. Do modo como me fez pensar na vida, no qual não devemos viver como se deve, mas tentar viver a nossa maneira.
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