"Cem anos de solidão", de Gabriel Garcia Márquez, retrata a história da família Buendía. São relatadas as aventuras e as desventuras, as paixões e desavenças, assim como as relações intra-familiares dos Buendía, num estilo de realismo mágico.
A ação é alternada, pois a história não segue uma ordem cronológica.
Constantemente deparamo-nos com situações que são somente enquadradas na história em alturas muito mais avançadas da obra.
Um exemplo muito particular é o mistério de Melquíades. No início da obra, o feiticeiro Melquíades escreve uns documentos codificados em sânscrito, que só são descodificados no último momento da obra. O seu conteúdo, escrito cem anos antes, consistia na previsão de toda a história da família Buendía, condenando-os a cem anos de solidão e descrevendo o seu fim.
O título da obra, "Cem anos de solidão", é então justificado.
É possível, assim, observar duas vertentes da solidão, sendo estas a individual e a familiar.
A solidão de cada um dos elementos da família é muito retratada, mostrando que mesmo quando acompanhados nos podemos sentir sozinhos.
Mas mesmo a família, enquanto grupo de pessoas e relações entre estas, tem uma posição de isolamento relativamente ao resto do mundo.
Os elementos da família estão limitados às relações entre eles, não convivendo fora do seio familiar.
Assim sendo a análise desta obra incita uma reflexão sobre a solidão e a reação de cada um de nós perante esta.
Sofia David
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