Este é um livro que tem a questão Religiosa muito presente ao longo da ação.
Robinson Crusoe é um um homem muito religioso que encontra na fé uma forma de se manter são. Deus tornasse mais do que o seu senhor. Deus torna-se o seu companheiro de viagem. É com Deus que ele conversa. E quando aqui digo conversa, não o digo no sentido religioso. Rezar não é de todo o mesmo que conversar. Deus aqui foi um bom ouvinte e conseguiu ser uma maneira de Robinson convencer-se de que não está a ficar maluco. Ao conversar com Deus evitou conversar sozinho, o que para muitos (inclusive eu) é o mesmo, é de facto algo totalmente diferente.
Ora vejamos, na sociedade atual conversar sozinho é considerado loucura, mas com Deus a coisa muda. Até porque mesmo para alguém que seja ateu (volto a referir, como eu) tem no seu subconsciente a figura de Deus como algo que pode não existir, mas a verdade é que existe, sendo tudo isto muito difícil de explicar com precisão. Eu mesmo ao ler o livro pensei várias vezes se não faria o mesmo. Mesmo não acreditando em Deus eu iria com certeza conversar com ele, e isso é o suficiente para manter a sanidade e sobreviver, tal como Crusoe, vinte e oito anos "isolado".
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