domingo, 9 de outubro de 2011

Universo, Deus(es) e Destino


  O tempo é tão relativo, tudo se pode resumir a um simples segundo, como a longas semanas de tentativas falhadas ou não. O tempo de vida do Sol são milhões e milhões de anos, o tempo de vida do ser humano no máximo são cem anos. O que será o Homem em relação ao resto do Universo? Talvez este nem o considere um grão de areia, o reduza a uma bactéria, a um micróbio, simplesmente ou até menos que isso, mas terá o Universo a paciência de ir buscar um microscópio para ver algo tão insignificante quanto o ser humano? Provavelmente, visto que nós (humanos) só nos damos ao trabalho de ver as bactérias devido ao facto de elas poderem destruir-nos, o Universo então talvez  faça esse esforço, dado que o tão racional Homem destrói todos os dias um pouco relativo do seu abençoado planeta-aquele que foi supostamente criado por Deus, que por sua vez o entregou primeiro, aos Dinossauros, mas que afinal percebeu que eles não eram suficientemente desenvolvidos para cuidar dele, tremendo erro este pensamento, digo-vos, resolveu criar outras espécies de animais, das quais surgiu o Homem primitivo que “ evoluiu “ transformou-se no que somos hoje.
  ''Não, esse pensamento de Deus, não foi errado, o Homem é racional, tem o poder de escolher ser bom ou mau, tem a bênção de pensar e de expressar o que pensa, é o ser mais adequado para preservar o que lhe foi dado.'' Mas será mesmo o Homem livre de escolher a sua essência, ou apenas mudar certos aspectos para tentar ser menos imperfeito? Escolho a segunda opção. Não seremos todos nós umas marionetas comandadas por esse Deus? Um jogo de videogame mas com apenas um game over e sem um restart? Mas algo que me mantém pensativa é: se uma sociedade defende e luta por esse Deus bom, se ele é tão bom assim, porque continuam pessoas a morrer à fome? Pessoas sem um lar, pessoas que terminam com a vida de outras, pessoas que julgam as outras? Parece que o Deus bom se esqueceu de atribuir a todos a mesma essência bondosa que o constitui também (segundo os crentes). Portanto, constatando os factos, acredito em apenas duas coisas: ou tudo à nossa volta foi criado pelo Bem e pelo Mal-Um Deus bom e um Deus mau, visto que o Homem não consegue mudar a sua essência e se essa essência na maioria das pessoas é algo como.. má, se tudo tivesse sido criado por um Deus bom porque criaria ele algo que seria o seu inverso? Esta é a minha opinião mais certa. Ou tudo isto é um resultado de algo científico, em que está cada um por si e a sua essência é independente daquilo que a criou, o que no meu ponto de vista não me faz pensar tanto e não me dá tanta lógica e certeza acerca das coisas, mas que não descarto esta possibilidade e por isso também posso acreditar nela.
  Outra questão que coloco sempre é: E o destino? Já alguma vez pararam para pensar se o destino realmente existe? Eu já e presumo que outras pessoas também. E um dos factos que me leva a acreditar no destino é: nunca se aperceberam que de uma maneira ou de outra, as pessoas que se cruzam na nossa vida são sempre as mesmas? Parece um círculo já muito bem definido e estudado do género ‘Estes conhecerão aqueles, depois irão-se afastar, conhecerão aquelas, e um dia mais tarde aqueles voltarão a encontrar estes’ Como também há pessoas que entram nas nossas vidas por um tempo, mas depois saem, resposta: não têm que ficar, não pertencem ao nosso círculo. Se observarem bem, vão ver que isto é realmente assim. Mas o Homem não tem poder sobre quem fica e quem sai, pode até tentar e essa pessoa até poderá ficar durante mais algum tempo, mas um dia ela sairá. O que me leva a crer que nós não temos controlo sobre nada, é cada vez mais a essa conclusão a que eu chego; o que tiver que ser será, o que não tiver, não será e o ser humano não pode fazer nada em relação a isso. Ele acha-se superior ao resto das espécies existentes no planeta, mas em termos de controlo, ele é igual. Os Deuses mandam, os Deuses controlam, os Deuses escolhem, os Deuses definem. O Homem descobre o que os Deuses criaram, desenvolve o que descobriu e muitas vezes destrói-o, o que leva à sua ingénua auto-destruição. Será isto, algo destinado, definido por alguém superior ou é apenas uma coisa que o cérebro humano simplesmente criou para ter fé e são apenas coincidências?

Mariana Castro

Sem comentários:

Enviar um comentário