O mito de Narciso conta a história de um rapaz muito esbelto, filho de uma Ninfa e do Deus Céfiso, que era desejado por rapazes e raparigas, dada a sua beleza. Um dia, o seu pai, Céfiso, decidiu consultar um oráculo (adivinho) para saber qual seria o destino do seu filho, ficando a saber que Narciso teria uma vida bastante longa se não contemplasse a sua face.
Infelizmente, havia uma Ninfa, a Eco, que era a mais apaixonada de todas por Narciso e, não se tendo conformado com a indiferença deste, decidiu ir para um lugar deserto, onde morreu e só restaram os gemidos. Mas antes, tinha pedido à Ninfa Nemésis para a vingar.
Um dia, depois de ir caçar, Narciso foi induzido a debruçar-se sobre uma fonte para beber água, deparou-se com a sua figura apaixonando-se imediatamente e, imobilizado pela beleza, assim morreu.
Este mito leva-nos a reflectir sobre a vaidade que, neste caso, por ser excessiva, levou à morte.
A vaidade é diferente do amor-próprio, este é muito importante, porque nós devemos gostar de nós próprios e, se há algo em nós que nos desagrada, devemos esforçar-nos por o melhorar. Já a vaidade leva-nos muitas vezes a esquecer os outros, a ficarmos deslumbrados connosco, a não reconhecermos os nossos próprios defeitos e a acharmo-nos melhores do que os outros. A verdade é que, quando rebaixamos as outras pessoas, muitas vezes é porque nos sentimos inseguras.
Lá porque algumas pessoas foram dotadas com maior beleza, inteligência, ou qualquer outra qualidade, isso não quer dizer que são superiores às outras, devem ser humildes e respeitadoras.
Mariana Esteves
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