A última nau é um poema do livro Mensagens de Fernando Pessoa. Neste poema, na minha opinião, Fernando pessoa começa por descrever D. Sebastião, sendo como uma imagem baça, como uma miragem, pois ainda hoje vemos a lenda do rei que num dia de nevoeiro desapareceu, como uma historia para crianças, com um final feliz, algo que é inimaginável alcançar.
No segundo verso o poeta refere-se ao mistério do desaparecimento do rei , enunciando uma cena inserida nos lusíadas, a ilha dos amores, pois nesta ilha também desaparecida, nunca ninguém lhe alcançou a costa. Na passagem “Não voltou mais. A ilha indescoberta ” o poeta tenta comparar a ilha onde ninfas sem roupa têm o intuito de atrair marinheiros, com o local onde D. Sebastião “foi parar”. Fernando Pessoa tem como principal propósito não só mostrar mas também certificar-se que de alguma maneira as marcas do passado transitam para o futuro. O Poeta tem a plena consciência que no dia que falecer os seus conhecimentos e opiniões serão arrastados com ele.
Este que até agora se tinha referido ao passado de Portugal, diz, num aparte, que o futuro e por vezes intuivel aos homens e passa imediatamente a contar a sua visão do porvir. Neste momento penso que o poeta se refere que ao estarmos atentos ao passado, conseguimos dirigir e moldar o futuro ao nosso bem prazer.
Maria Carmo
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