Na nossa passada e extraordinária aula do dia 17 de Fevereiro surgiu em tópico central o brutal triplo homicídio em Beja, onde um homem matou a sua esposa, filha e neta assim como os seus animais de estimação, à catanada.
Foi neste parâmetro que debatemos profundamente os motivos que levaram a tal acto, e sobretudo de onde provêm esses motivos. Se vêm do homem à nascença (criança), se a sociedade na qual o sujeito se insere torna-o mau e cruel, entre outras perguntas. No fundo a aula baseou-se neste debate de ética e moral na sociedade e no sujeito.
Dos temas que derivaram deste debate suscitou em mim alguma tristeza pelo facto de não se debater de forma mais extensa e aprofundada a questão de justiça neste caso tão perverso. Porém creio que constituiu um bom momento de reflexão sobre as motivações do sujeito quando nasce e as qualidades básicas com que brindado vem a este mundo: instinto, senso comum e tal como o professor Carlos Jesus sugeriu: o génio maléfico.
Todas as crianças nascem más, e durante todo o seu desenvolvimento, educação e integração na sociedade a criança aprende a dominar e tomar o seu génio maléfico e domá-lo, pelo menos alguns conseguem.
Na minha opinião, concordo com o professor C. Jesus. Simplesmente pelo facto de ponderar que os humanos tal como os animais nascem com instintos básicos para a sua vida e inclui naturalmente o instinto de matar e a capacidade de prejudicar o seu próximo em benefício próprio. É na sua educação que o humano ganha a capacidade de domar tais instintos, é a noção de civilidade que se começa a ganhar e sobretudo a distinção entre a parte animal e racional do Homem. A barbaridade e a civilidade, partes que fazem um todo de um sujeito. Não é por acaso que, e só a jeito de exemplo, quando se investiga um homicídio procura-se mais do que as provas, o motivo.
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