domingo, 16 de janeiro de 2011

"Esparsa Sua ao Desconcerto do Mundo"

Neste poema, “Esparsa Sua ao Desconcerto do Mundo”, podemos dizer que se confrontam dois temas: a maldade e a bondade; e a sorte e o azar.
A maldade e a bondade são duas coisas completamente opostas, pois maldade é aquilo que define alguém que tem tendência a praticar o mal, alguém cruel e ruim. Enquanto bondade, é uma qualidade daquele que pratica o bem, que apresenta brandura e benevolência.
O poeta passa a ideia de que as pessoas boas não conseguem ser felizes, devido ao desconcerto em que o mundo se encontra. Estas pessoas, sofrem os azares do mundo, enquanto se esforçam ao máximo para fazer sempre aquilo que se considera correcto. E quando por acaso, uma destas pessoas pratica o mal, geralmente é castigada, pois foge dos seus padrões. Ao tentar fazer sempre o mais acertado, a pessoa não aproveita. No entanto, as pessoas más, vivem sempre contentes e geralmente têm sorte, pois adaptam-se aquilo que consideram a realidade, a sua realidade. Nadando assim em felicidade. Praticam sempre o mal e não correm o risco de sem querer, vir a praticar o bem e ser castigados por isso.
O que o poeta quer para o mundo, é o contrário disto. O poeta deseja que os bons tenham sucesso na sua vida e que aos maus aconteça o oposto, que tenham azar. Mas as coisas nem sempre são como nós queremos.
Nos últimos 5 versos, o poeta fala de como foi castigado por praticar o mal. Eu acho que o que o poeta tenta fazer é mostrar o seu lado mais negro, sendo no entanto uma pessoa de bem. Por esse motivo, a sua tentativa de tentar ver o mundo de outro modo, leva-nos a perceber que a maldade em si (no poeta) não existe.
Podemos portanto concluir que a justiça é cega. É cega pois não quer ver aquilo que se encontra exactamente à sua frente. Muitas vezes, aqueles que praticam um pequeno delito são logo “crucificados”, enquanto aqueles que cometem grandes delitos, levam apenas uma pequena repreensão. Por esse motivo, o poeta dá a entender que as pessoas boas não se conseguem livrar de tristezas.

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